sábado, 12 de dezembro de 2009

Laura nasceu!!!

Chegou, de cesárea (argh!), as 4:35, de hoje, pesando 2,845kg e medindo 48,5cm, a mais nova princesa do meu castelo...

Laurinha, minha filha querida, seja bem-vinda... Que Deus te dê bastante saúde.. o resto a mamãe e papai se encarregam de promover...

Te amamos!!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tá chegando...

Faltam poucos dias para conhecer essa pessoinha que tanto (e gostosamente) se mexe dentro de mim...

Achei que, como seria a segunda, toda aquela ansiedade do nascimento da primeira filha não existiria... me enganei totalmente... quanto mais vai chegando perto da data prevista para o parto, maior é a ansiedade... e tô começando até a achar que está maior agora do que no outro parto... porque esse VAI SER NORMAL e tenho sentido várias coisas que não senti na vez da Gigi e toda hora acho que "chegou a hora" (mas não sou de alarmar ninguém)... e tem a expectativa de ver como a Gigi vai receber a irmãzinha, que ela tanto beija na barriga... se eu vou ser uma boa "mãe de duas"...
Os dias que eu ficar na maternidade serão os primeiros que dormirei longe da minha Gigi... fico pensando na saudade que sentirei dela... será que vou sentir "culpa" por ter que dar atenção para a Laurinha? mil pensamentos povoam a minha cabeça... as pessoas que me conhecem dizem que sou igual peru, que sofre de véspera... talvez dê tudo certo mesmo... e torço para isso... mas eu sempre avalio as possibilidades das coisas darem errado.... assim não sou pega de surpresa e já vou pensando na solução... mas realmente sofro com essas possibilidades que muitas vezes não ocorrem... ou seja, sofri a toa... mas não consigo ser diferente...
Na verdade eu só quero que a minha família seja feliz...
Abraços

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pensamento positivo

Ontem foi o dia de fazer a transfusão.... eu olhava para aquela bolsa de sangue pendurada no suporte... pingando... pingando... pingando dentro de um "caninho" que estava conectado no MEU braço... e sabe que não acreditava que isso era real... não sei explicar... mas eu dizia para mim mesma: "meu Deus, EU estou recebendo sangue de outras pessoas..." a gente vê essas coisas em filmes, novelas, documentários e até com amigos/parentes... e nunca acha que vai passar por isso... tem horas que é tão bom ser leiga, não saber o que pode dar errado... na hora de dar apoio para alguém é tão fácil... as palavras "vai lá; faz mesmo; vai dar tudo certo; é o melhor que se tem a fazer" saem da nossa boca de um jeito fluente, seguro... mas quando a coisa é com a gente, é tão difícil acreditar nessas mesmas palavras...

Bom, mas está feito... e acho que fiz a coisa certa...

Obrigada a todos que me apoiaram...


Especialmente aos dois que "estão" nessa foto comigo e estiveram do meu lado nesse momento: meu marido (que está tirando a foto) e minha filha...



Abraços

domingo, 8 de novembro de 2009

Filha, escolhi VOCÊ!!!

Hoje estou me sentindo MÃE no sentido de amor e entrega mais profundo que essa palavra pode alcançar...

Durante algumas semanas me vi num dilema muito grande... mas foi nesses dois últimos dias que isso alcançou seu grau máximo, pois a decisão que me consumia tinha que ser tomada de uma vez por todas...

Tenho um tipo de anemia hereditária, "presentinho" da mamãe, que provavelmente vou dar para minhas filhas (desculpem, não tenho controle sobre isso, assim como minha mãe também não teve...), chamada talassemia menor... não vou entrar em detalhes, só nomear o problema.
O fato é que essa anemia está dificultando o crescimento da minha pequena Laura, deixando ela sem o oxigênio necessário para seu pleno desenvolvimento...

A solução: uma transfusão sanguínea...

E é aí que entra o dilema... Faço o procedimento, correndo um pequeno, mas real, risco de adquirir alguma doença... ou deixo que minha filha termine seu desenvolvimento com pouco oxigênio, correndo o risco de ter alguma sequela???

Foram muitas horas distribuídas entre manhãs, tardes, noites e, principalmente, madrugadas pensando nisso...

Quem seria a minha prioridade: eu ou minha filha?? Meu Deus... que decisão difícil de tomar...
Mas chegou a hora... porque se eu demorar um pouco mais, não vai adiantar nada fazer a transfusão...

Decidi fazer...

Estou com medo, não vou negar, MUITO medo... medo que alguma eventual doença não me permita acompanhar o desenvolvimento das minhas filhas (razões da minha vida), mas acho que o medo de ver alguma sequela na minha Laurinha seria maior...

Espero que Deus esteja olhando por mim e me proteja...

E, por coincidência, recebi, hoje, um texto por e-mail que, entre outras coisas diz: "Mas, maternidade é isso, é doar-se incondicionalmente em todas as circunstâncias, é abdicação, é força de vontade e determinação para cuidar daqueles que tanto desejamos trazer para este mundo."

Talvez seja um aviso de que tudo vai dar certo... e me fez ter mais certeza de que fiz a escolha certa...

Abraços

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mulher de fases

É assim que posso definir minha pequena ultimamente...

Ai ai.... ela está passando por várias fases ao mesmo tempo: a fase de se jogar no chão e chorar/gritar; a de tacar as coisas longe; de bater nas coisas como parede, sofá, cadeira, chão,etc; de bater em mim e no Giovanno; de fazer xixi/coco na calça (só em casa porque na escola ela pede); de querer fazer tudo SOZINHA; de querer meu colo; de dar beijo e abraço; de fazer arte e pedir "dipupa" (ela descobriu que falando essa 'palavrinha mágica' o mundo dela fica melhor, então ela nem acabou de aprontar já tá pedindo desculpa, espertinha...); de querer ir todo dia no "guegagoi" (acionando a tecla SAP: escorregador) do "Parque da Ponte" (e só serve esse)... etc, etc, etc...
Sei que são fases e por isso mesmo não são para sempre, já já passa... mas tem umas que são dureza de passar... e o pior, quando essas acabarem com a Giovanna, recomeçarão com a Laura... Bom, mas EU escolhi ter filhos, agora eu que aguente... afinal, toda mãe passa por isso... e passa... hehe
beijos

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tudo normal de novo....

O texto anterior foi um desabafo de quem estava MUITO chateada com toda a situação, de quem estava com MUITO remorso por ter perdido a calma, por não ter conseguido ser o "porto-seguro" que um filho busca... sabe, só depois que eu já estava no meio do furacão, quando já não havia mais volta é que consegui ter essa dimensão, de que EU devia ter amparado minha filha e não deixado ela mais perdida... por isso a RESSACA, foi "ressaca moral", dessas que a gente tem quando faz alguma coisa que podia ter evitado, tipo peso na consciência mesmo, de não ter entendido que ela precisava de mim... e isso dói... mas ela tem só DOIS anos, e é também SÓ esse tempo que EU sou mãe... tenho MUITO que aprender... mas aprendo... com certeza isso não voltará a acontecer com ela, e provavelmente nunca acontecerá com a Laura... (Agradeço MUITO aos ensinamentos da minha mãe, da minha irmã e da tia Ju nesse episódio. Obrigada, vocês me ajudaram bastante).

Parece que "achamos o caminho" para conter seus acessos de horror.. é só ela começar a se jogar e gritar que tiramos um brinquedo... ela para na hora.. e depois de um tempo falamos que ela está merecendo e o brinquedo volta...

E para redimir minha princesa daquela "noite de fúria" venho contar que ela está mais doce e meiga do que nunca... tem nos abraçado e beijado váááárias vezes espontaneamente, tem obedecido quase sempre (quase, porque afinal ela é criança e a teimosia faz parte dessa fase)...

Princesinha da mamãe...
Desculpe pelo meu erro...
Você é MINHA VIDA!!!!
TE AMO!!!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ressaca de filha

Estranho dizer isso, não?
Mas hoje estamos, eu e o Giovanno, com RESSACA DE FILHA...
Nossa... Ontem não reconhecemos a nossa princesinha... e como para toda ação existe uma reação, não nos reconhecemos também...
Desde que ela entrou nessa escola e mudou o ritmo de vida dela que notamos uma certa irritabilidade... mas achamos que era adaptação... há umas duas semanas ela começou a dizer que não queria ir prá escola, mas como coincidiu com a estada do meu sogro/sogra em casa, imaginamos que ela não quisesse deixar os avós que ela vê tão pouco... também tenho pego ela todos os dias chorando na hora da saída... cada dia ela inventa um motivo para o choro, mas nada consistente, apenas coisas como: "estou chorando porque a cadeira é verde..."
Ontem, porém, ela ultrapassou todos os nossos limites...
Como de costume levei-a a escola, mas com uma novidade, ela estava sem fralda (estamos tirando e ela está aceitando bem aqui em casa)... dei as orientações que achei necessárias para as professoras e, depois de um pequeno resmungo, ela ficou super bem, brincando "com os amigos", como ela mesma diz...
Busquei-a no horário normal, ela veio com um machucado perto do olho, segundo a professora ela puxou uma cadeira com força e acabou batendo ali, mas sem maiores problemas... ela contou coisas que fez na aula e dormiu no trajeto até em casa, como sempre...
Chegando em casa eu a coloquei no sofá para terminar de descansar um pouquinho (deixo ela dormir uma meia hora)... então ela acordou sozinha chorando e me chamando... fui... ela estava encharcada de suor e eu segeri um banho, ela aceitou... chegando no banheiro, ela desistiu, disse que não queria (como sempre faz, mas eu a coloco mesmo assim, até porque dessa forma ela acorda, e ela sempre acaba parando de chorar e brincando com os brinquedos que ponho para tomar banho com ela) e começou a chorar, coloquei-a no box e dei o banho, com ela aos berros, nem os brinquedos adiantaram... mas pensei que ía parar enquanto secava, não parou... pensei que ía parar enquanto trocava,não parou... pensei que ía parar enquanto conversava com ela tentando acalmar, não parou... eram berros absurdos.. eu quase não me ouvia falando com ela... então resolvi deixá-la chorando um pouco, e ela ficou uns 10 minutos jogada no chão berrando... resolvi colocá-la no castigo e só tirar quando ela parasse de chorar (sempre funciona quando ela está chorando sem motivo)... e lá ela ficou chorando mais uns 10 minutos...
Nessas alturas, eu e o Giovanno, que tínhamos ideia de tomar um terere descansando e conversando um pouco, já estávamos uma "pilha de nervos", tomando o terere sem nem sentir o gosto, em silêncio, sentados no escuro na sala, pedindo a Deus por paciência...
Ela parou... ufa... pediu para sair.. fui tirar e ela queria colocar o tênis, o Giovanno buscou os tênis e as meias, coloquei um pé e quando fui colocar o outro ela já não queria mais e começou a chorar tudo de novo... lá se foi mais um monte de tempo (já nem sei mais quanto, porque já havia perdido a noção de tempo e espaço) gritando... deixamos ela lá... não brigamos, não gritamos... e ela não parava... até que explodimos.... não deu mais... resolvemos brigar, dar bronca... e isso só fez ela chorar mais... saímos de perto porque já estávamos ficando fora de controle...
Ela parou... falou que queria xixi... corri levá-la no banheiro, tirei sua calcinha, sua saia e quando fui sentá-la na privadinha, meu Deus, parecia que o assento tinha fogo... ela não queria sentar de jeito nenhum, começou a gritar e se jogar... e como não tinha mais nenhuma gota de paciência nem no meu estoque nem do Giovanno, não queríamos bater nela, não queríamos traumatizá-la no banheiro, colocamos uma fralda e deixamos ela no berço... fomos para a sala tentar nos acalmar... ela ficou gritando mais uns 15-20 minutos.. resolvi tirá-la de lá, senão nem sei o que eu ía ser capaz de fazer.. levei-a para a sala e falei que ela ía jantar... foram quase 2 horas de choro e grito... ela jantou... daí falamos para ela brincar um pouco com os brinquedos... ai... começou a gritar de novo dizendo que não queria os brinquedos... o Giovanno guardou TODOS os brinquedos e foi tomar banho para se acalmar... eu fiquei na sala com ela aos berros, sentei no sofá e tive uma crise de choro... daí ela parou de chorar, veio me abraçar, beijar e pedir desculpa... aí que eu chorava mais ainda... e então "voltou ao normal", brincou, dançou...
Na hora de dormir ela pediu para ir dormir, fomos colocá-la como sempre, trocamos, escovamos os dentes, rezamos e ela vem pro meu colo tomar a mamadeira.. pronto, resolveu que não queria a mamadeira e começou a gritar e chorar de novo.. consegui fazê-la parar e tomar a mamadeira e quando fui colocá-la no berço, novo ataque... o Giovanno foi tentar dormir com ela na cama, uns 20 minutos depois, novo ataque... daí eu já tinha me recuperado e fui tentar acalmá-la... peguei no colo (mesmo sem poder, tendo uma contração atrás da outra, coitadinha da Laura), cantei, embalei e ela dormiu... ufa.... mas ficou a noite inteira tendo ataques de choro e gritos de "não"...
Hoje de manhã ela acordou o anjinho de sempre, mas foi só colocá-la no chão que já começou a se jogar e gritar... eu me desesperei, fui para a sala chorar, porque pensei que ía começar tudo de novo e eu ainda nem estou recuperada de ontem... mas foi uma crise passageira, dela e minha... voltei a mim e pensei que a adulta era EU e consegui reverter isso...
Não íamos mandá-la para aescola hoje, porque achamos que pode estar acontecendo algo lá, mas ela pediu várias vezes para ir, vai entender...
Não sei o que aconteceu ontem... só sei que hoje estou muito mal... porque perdi o controle, porque cheguei a ter vontade de espancar a minha filha... não tenho vergonha de admitir isso, sou humana, mas estou sofrendo muito com esse sentimento... estou de RESSACA...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

e passou mais um ano....

Não tem como não cair no clichê de dizer: "Nossa, como passou rápido, parece que foi ontem..." Mas parece mesmo...

Minha princesinha completou DOIS ANOS...

Nesses dois anos vivi os melhores e os piores momentos da minha vida... e não me arrependo de um segundo sequer...

É mágico ver e ser o facilitador do desenvolvimento de uma pessoa... e, meu Deus, como se desenvolvem rápido...

Corujisse à parte, a Gigi é muito esperta, carismática, comunicativa, ativa... e me orgulho muito porque grande parte disso tudo fui eu quem "construiu"...

Esse ano preparar a festinha dela teve um "gosto muito especial" porque ela entendia o que estava sendo feito, diferente do ano passado, onde a festa foi mais para nós do que para ela efetivamente...

Ela curtiu muito cantar o "Parabéns a você", ganhar os "pepentes", apagar a velinha (esse ano ela apagou eeehhhhh!!), ver tudo decorado... e eu curti junto... ver sua ansiedade durante a preparação, seu sorriso, sua carinha de alegria... ai, foi o melhor "elixir da felicidade" que se pode tomar...


"Filha, que Deus te dê muita saúde para você continuar a deixar a mamãe e o papai loucos com as suas artes... Parabéns!!!! TE AMO!!!"

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Morri por alguns minutos

Ontem vivi o pior pesadelo da minha vida...
Fui na consulta pré-natal, de rotina, e logo depois buscar a Gi na escola, que é pertinho do consultório... como cheguei uns minutos mais cedo, fiquei esperando o término do horário de aulas, não quis atrapalhar a rotina... tocou o sinal e a turminha dela demorou um pouco para vir, então, como tinha que buscar o Giovanno e fazer o jantar, resolvi buscá-la na sala... chegando lá, olhei pela janela e não a vi, imaginei que ela tivesse dormido, porque ela estava com sono quando foi para a aula... perguntei para uma das professoras onde ela estava e ela disse: "não sei"... e perguntou para a outra professora, que também não sabia... daí olhou no quarto e no banheiro que tem dentro da sala de aula e nada... já comecei a ficar com o coração acelerado... daí ela abriu a porta e falou, na maior calma: "vamos ver se ela está no berçário, porque ela gosta de ir lá" (??!!??)... já fui com passos apressados.. lá ela também não estava...

Nesse momento abriu-se um buraco sob meus pés, meu chão sumiu...

Eu não sabia o que fazer, onde procurar... eu só olhava para o portão enorme, aberto e ficava imaginando minha filha saindo por ele tranquilamente e então perdida por aí...
As professoras ficaram num corre-corre sem rumo procurando ela... eu corri na coordenadora e falei que não achavam a Giovanna... ela tentou me acalmar dizendo que não se perdiam crianças naquela escola... mas eu continuava vendo as professoras correndo desesperadas... eu fiquei meio sem reação... queria gritar, chamar.. não conseguia... queria correr, procurar... não conseguia... queria chorar, me desesperar... não conseguia...

De repente uma grita :"achei"...

Vlupt... o chão voltou para debaixo dos meus pés... o sangue voltou a circular nas minhas veias... eu voltei a respirar... mesmo assim, não consegui correr, não consegui chorar... não tinha uma estrutura de uma célula do meu corpo que não estivesse tremendo...

Cheguei perto dela, que estava no colo da primeira professora com quem falei e que chorava absurdamente (quase que eu tenho que acudí-la), e perguntei: "Filha, onde você estava?" e ela, com a cara mais inocente e sapeca do mundo, sem a menor noção do que estava acontecendo, me respondeu: "mamãe, eu tava codidinha no banheiro pá moiá o cabelo"...

Não me perguntem quantos copos de água eu tomei... só lembro que foram vááários, todo mundo me trouxe um... também não sei como saí da escola e cheguei, dirigindo, no Banco para buscar o Giovanno... eu devo ter sido guiada por Deus, ou alguém que me protegeu...
Quando cheguei em casa, parece que ela sentiu o que aconteceu... me deu um abraço que demorou muito... nessa hora eu desabei... chorei demais... e ainda choro... só de lembrar...

Foram os cinco minutos (acho) mais longos e terríveis da minha vida... por esse tempo eu perdi minha filha.... não queiram imaginar o que é isso, porque ninguém vai conseguir... por pior que você pense, não é nem perto do que realmente é...

Milhões de coisas passam ao mesmo tempo pela cabeça... onde ela estará?como estará?com quem estará?será que vou encontrá-la?não vou mais sentir seu cheiro, seu abraço, seu beijo... não vou vê-la crescer, se formar, casar... não vou ouvir sua voz me chamando, cantando, gritando... não vou mais ficar nervosa com suas artes, birras... não vamos rezar pro anjinho ficar "peiz" na hora de colocá-la para dormir... não vamos mais dar bom dia para o dia todas as manhãs... não vou ouví-la pedindo para cantar o cocoricó ou o txutxucão... não vou ensiná-la a cozinhar... não vou ensiná-la a andar de bicicleta...

Ficou uma "dor na alma"... vai passar... eu sei que vai...

Mas choro quando ela me olha e sorri... choro quando a vejo andando... sentando... levantando... cantando, falando, brincando.... choro...

Laurinha já teve sua primeria grande provação na vida... não nasceu.. ufa...

"Obrigada, Deus, por me permitir continuar guiando os passos dessa anjinha... por ter me permitido colocá-la para dormir ontem, em seu berço, bem tranquila e segura... por me permitir continuar dançando txutxucão no tapete da sala..."

Mãe, desculpa a vez que me escondi dentro da geladeira ou que sumi no zoológico...
Irmã, o susto que você me deu em Viçosa se fingindo de assaltante foi fichinha perto desse...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Crônica verídica

Achei esse texto no site da Revista Crescer... resolvi colocá-lo aqui porque é a mais pura verdade... já dizia minha irmã:"mãe é imaculada"... nada deveria acontecer com mãe... e quando acontece dói em nós... queremos fazer de tudo para aquilo não acontecer... hoje, que sou mãe, sei que a recíproca é verdadeira, não queremos que nada aconteça com nossos filhos...

O que se sente quando uma mãe cai da cadeira?
Marcelo Cunha Bueno

"Demorei 30 anos para entender... não por falta de compreensão, mas pelo fato de minha mãe ter caído somente ontem da cadeira, na minha frente. Não consegui segurá-la, foi rápido demais. Aqueles três segundos de queda mostraram-me uma face de minha mãe que jamais havia sentido ou percebido.
Escutamos o primeiro “cleck”, ninguém disse nada. Ela se levantou para ver os gols da Itália e, quando foi se sentar, o segundo e derradeiro “cleck”. Seu olhar caindo estatelado ao chão foi de desespero e pureza. Um olhar de socorro que pedia uma mão para segurá-lo. Seu corpo foi, aos poucos, inclinando-se em direção ao chão e seus pés levantaram-se juntamente com seus braços, e seu rosto... Ah! Quase não posso me lembrar dele! Seu rosto torcia-se de medo! Constatação um tanto difícil para um filho: mães sentem medo!
Ao cair, inutilmente ela tentou se segurar na toalha da mesa, não conseguiu! Suas mãos levaram uma taça de minha bisavó ao chão. Os óculos de seus olhos de desespero foram para abaixo do nariz. Ela estava presa entre a mesa e a parede. Como foi parar ali? Aquela mulher cheia de vida, corajosa, que me consolava nos meus tombos de infância? Eu não sei consolar mãe caída! Enquanto caía, gritei assustado “mãããe”, para ver se ela parava com aquilo de cair na minha frente! Levantei-me e segurei seus braços. Pude sentir a minha força ajudando seu corpo a se levantar. Olhei em seus olhos e vi que nunca estamos preparados para crescer ou perceber que, uma hora, todos nós chegaremos em lugares que antes não nos pertenciam.
Tive vontade de segurá-la no colo, agradar sua cabeça, chorei contidamente. Tentei limpar os cacos do chão, os do copo e os meus. Havia vinho por toda a parede. Ela reclamava do copo quebrado. Talvez não fosse ele a questão. Troquei de cadeira e continuamos a jantar. Não éramos mais os mesmos. Algo foi invertido naquele momento. Invertemos os papéis. Os dois perceberam isso. Não reconheci a minha mãe ao chão. Não reconheci aquele homem que tentou segurar o tombo da mãe. Difícil lição essa de crescer! Difícil lição essa de amar incondicionalmente alguém desde que nascemos. Dizem que é preciso tombos na vida para crescermos. Concordo plenamente, mas precisava ser o tombo da mamãe?"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Novo corte de cordão umbilical

Aqui estou eu, mais uma vez, toda chorosa, mas orgulhosa da minha pequena princesa...

Hoje foi seu primeiro dia de aula na escola nova... desde ontem estamos falando que ela vai.... arrumamos o uniforme, o material, a mochila, a lancheira... ela ficava falando que ía dar um beijo e um abraço na "popessoua" nova e que ela ía adorar a Gigi (de onde ela tirou isso?)...

Chegamos uns minutinhos atrasadas, e as turmas estavam todas no pátio fazendo uma oração inicial, fui com ela lá... a turminha dela estava toda sentada escutando a coordenadora falar... ela foi e se juntou, mas logo já ficou desconfiada, grudou em mim e ficou pedindo colo... terminada a oração, todas as turmas voltaram para as salas de aula.. a turma dela foi dar um passeio ao ar livre... aos poucos fui soltando sua mão e a deixei ir junto com "os amigos", como ela diz... ela foi... e logo estava liderando a fila... fiquei de longe observando minha princesinha... ela se destaca porque é a única loirinha da turma hehe fica fácil localizar... logo todos voltaram e foram para a brinquedoteca... chegando lá, ela encontrou uma casinha e tomou conta de suas portas e janelas... e eu, fiquei feito boba espiando bem escondidinha pela janelinha da porta da sala... e fiquei.... fiquei.... fiquei... vendo como ela é longe de mim... até o momento que eu estava tão absorta na minha paixão que me descuidei e ela me viu... lógico que me chamou e começou a chorar... a professora falou que não era eu, que ela tinha se enganado... esperei ela parar, se acalmar, o que não demorou muito, porque estava passando um DVD da Xuxa, e vim embora... para não correr o risco dela me ver de novo...

"Ai, minha linda... se você soubesse como é difícil vê-la crescer e se tornar independente... mas segue seu rumo... Mamãe sempre estará aqui, pronta a te guiar pelo melhor caminho..."

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amigos

Hoje vou dar uma pausa nos textos sobre maternidade... quero falar dessa coisa tão importante na nossa vida que é a AMIZADE...
Eu sempre fui uma pessoa que deu muita importância para amigos, já fiz muitas coisas pelos meus, das quais não me arrependo(nem da ajuda ao Falcon, quem conheceu a história sabe do que eu estou falando)... e depois que fui fazer faculdade em Viçosa, pude perceber com muito mais intensidade como é importante ter amigos... primeiro porque deixei meus amigos de infância em SP(Vanessa, Alessandra, Cris, Sofia, Cinthya), e isso me afastou um pouco deles, alguns eu até perdi(Dennis, Pecora, Brazil, Raquel, Luís, Gisele).. depois porque fiz outros amigos que assim o serão para sempre(Dudu, Alessandra, Cabral, Grazi, Ruizão, Teco, Chris, Priscila, Lilian, Flaviana, João, Fernando, Fraldinha, Tatiana, Ilana, Ana Paula, Mauri, Juliana, Roberta)...
Daí voltei para SP e comecei a trabalhar, isso me fez agregar alguns outros à minha lista(Roberto, Lia, Luciano, Angela)...
Então, casei... e fui morar em Passo Fundo..... mais amigos(Marlize, Marli)...
E voltei para SP, voltei a trabalhar(Cecília, Monica, Lucienne, Ana Paula, Sérgio)...
Fiquei grávida e fui para Sorocaba(Glauco)... Lá conheci pessoas excelentes no prédio onde morava(Sara, Miriam) e no trabalho(Rose, Raquel)... e uma grande amiga no curso de batizado da Gi(Monique)...
E o Giovanno foi transferido... Aqui estou em Araçatuba.. e já "ganhei" dois ótimos amigos(Daniel e Nane)...
Para aumentar a lista, não posso esquecer dos amigos que são parentes(Dedel, tia Rê, tia Ju, tia Wanda) e dos amigos que se tornaram parentes(Flávia, Fernanda, Andressa, Clarissa, Josie)...
Amigos, para mim, são aquelas pessoas que você pode ficar anos sem ver ou falar, mas quando acontece o reencontro, tudo volta a ser exatamente como era antes... parece que nos vimos no dia anterior... são pessoas que você sempre lembra, que você gostaria de estar em determinados momentos (ou todos)..
Os meus amigos me fazem falta...
O fato de muitas vezes ter deixado grandes amigos para trás, me possibilitou encontrar outros grandes amigos... e o que, na hora, eu via como uma catástrofe, hoje vejo com alegria.. pois posso ver que a minha lista de AMIGOS é vasta e posso encontrá-los em vários lugares, porque eles estão espalhados por esse Brasil afora...

Hoje, nesse DIA DO AMIGO, quero expressar todo o meu carinho e gratidão pelos momentos vividos com vocês, MEUS AMIGOS!!!!Obrigado.... vocês ajudaram a construir minha história...

Não menos importantes estão os colegas... que são amigos passageiros... também de vocês eu tenho muita saudade e carinho.. incluam-se nessa lista todos que me conhecem e ainda não foram citados...

Um beijo especial para o meus MELHORES amigos(Giovanno e papi), para as minhas MELHORES amigas(mami e Déa) e para aquelas que eu espero que sejam e me considerem sua melhor amiga(Giovanna e Laura)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

São tantas emoções

A vida de mãe é mesmo cheia de momentos emocionantes... a começar pelo dia que se faz o -argh!- exame de sangue, para confirmar a gravidez... e, com certeza, ainda vou postar muitos desses momentos aqui... sendo assim, lá vai mais um...
Ontem, fui dar uma volta na rua com a pequena e endiabrada Giovanna, tá difícil distraí-la sozinha em casa... ela é tão esperta que às vezes esqueço que ela tem apenas 1 ano e dez meses... então... estávamos andando pela calçada, e ela "falando pelos cotovelos" - ela não para um segundo, tem a língua solta - quando, de repente, passa uma moto fazendo aquele barulho que vocês sabem que eu "adoro"... lógico que a Gi assustou... daí ela parou, virou para mim e disse:" mamãe, Gigi tutou com a moto"... e, no mesmo momento colocou suas duas mãozinhas na minha barriga puxando a minha camiseta para baixo com força... eu falei: "o que é isso, filha?", e ela me respondeu, com sua carinha de anjo e segurando bem forte a minha camiseta:"cobre a barriga pa Laura não tutá"...
Nem preciso dizer que derreti... só não caí num choro porque estávamos na rua... mas me abaixei, cobrindo a barriga, e lhe dei um abraço bem apertando, tendo a certeza de que minhas duas princesas vão ser muito amigas e companheiras....

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A difícil tarefa de escolher um nome

Posso relacionar várias tarefas difíceis de serem realizadas, e com certeza uma das "três mais" dessa lista estará a tarefa de escolher UM nome para outra pessoa...
Um nome é algo que nos dão e NÃO podemos trocar na loja se não servir... ele anda ali, grudadinho com a pessoa, a vida toda...
Quanta responsabilidade há nesse ato... e só nos damos conta disso quando NÓS temos que escolher, porque o nosso já foi escolhido por alguém, quando nos damos conta, ele já tá lá, já nos chamam por ele há um tempão que acabamos acostumando...
Escolher GIOVANNA foi até que fácil porque nós dois já havíamos pensado e concordado com o nome há muito tempo...
Mas dessa vez, ai ai... como foi difícil... Olhamos várias listas de nomes femininos, fizemos as nossas próprias listas e confrontamos uma com a outra... saiu mais uma lista com os nomes que os dois concordavam... daí, falávamos várias vezes os nomes completos para ver se ficava sonoro, se íamos gostar de chamar esse nome a vida toda... se não ía ser alvo de piadas.. ufa... depois de MUITO queimar neurônios, chegamos a um acordo: LAURA.
Esperamos que ela seja muito feliz com esse nome e que goste do mesmo...
Abraços

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Mexeu? ou foi pum?

Uma coisinha discreta...
Uma coisinha gostosa...
Uma das melhores sensações do mundo...
Assim pode ser descrito o primeiro chutinho que um filho dá na barriga da mãe...
Na gravidez da Gi curti muito cada mexida dela... e olha que ela se mexia... quando ela nasceu, fiquei um tempão com a sensação de que ela estava lá dentro se mexendo... e cada vez que via uma grávida dava uma saudade desse sentimento....
Agora que a grávida sou eu, não via a hora de sentir isso..
E esse momento mágico aconteceu.....
Desde o fim de semana passado estou sentindo minha princesinha se mexer... mas confesso que, mesmo sendo mãe experiente, fiquei um pouco em dúvida se era mesmo ela ou se eram gases... não riam, nem achem um absurdo, isso confunde um pouco mesmo no começo... mas agora tenho certeza que é ela... Ai, como isso é gostoso!!!! é agora que temos a certeza de que não estamos sozinhas... e essas mexidas são nosso "termômetro" para saber se está tudo bem com nosso anjinho...
Filha, se mexa muuuito mesmo aí dentro... mamãe adoooooraaaa!!!!

domingo, 28 de junho de 2009

O sexo dos anjos

Hoje em dia, saber o sexo do nenê é praticamente uma obrigação...
Confesso que eu fui contra isso durante muito tempo... Achava que queria ter a emoção de saber quem eu carregava no meu ventre no momento de seu nascimento...
Na primeira gravidez esse ponto foi motivo de muuuuitas conversas e discussões entre eu e o Giovanno... Até que ele "jogou sujo" comigo e acabamos fazendo um acordo: saberíamos o sexo do serzinho e ele entraria comigo na sala de parto...
No dia do ultrassom que nos diria o sexo, eu já estava conformada e passei a curtir o momento, estava até ansiosa... Eu tinha quase certeza de que era uma menina... Quando a médica confirmou, não pude conter o choro... discreto, mas de muita emoção...
A partir daquele momento aquele pequeno serzinho que habitava meu ventre tinha nome, era uma "pessoa"... e durante o resto da gravidez foram muitas conversas "com a Giovanna"...
Nessa gravidez não precisou de acordo...
Primeiro porque o Giovanno percebeu quão maravilhoso é estar na sala de parto para escutar o primeiro chorinho, ver a carinha toda melecada e amassada do anjinho que acaba de chegar, depois porque eu não via a hora de chegar a idade gestacional que possibilita saber o sexo através do ultrassom...
Achei muito legal saber quem está na minha barriga... poder fazer as coisas pensando exatamente naquela pessoa...
Dessa vez eu tinha certeza aboluta que carregava um menino...
Hoje, quando o médico falou que era uma MENINA, explodi de alegria e novamente chorei...
Fiquei muito feliz porque a Gi vai ter uma companheira... não que um menino não o fosse.... mas existem suas diferenças entre a amizade de duas irmãs e de um irmão e uma irmã... eu não tive irmão para poder comparar... mas a amizade que tenho com a minha irmã é uma coisa que desejo para minhas duas princesinhas... e farei tudo o que puder para facilitar isso...
Estamos agora na difícil tarefa de achar um nome para a pequena, porque tínhamos "em estoque" apenas nomes de meninos... que não foram usados na primeira gravidez... quem quiser, pode sugerir...
beijos

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Nem sempre o PARAÍSO

O ditado diz: "ser mãe é padecer no paraíso"... realmente, em 90% do tempo é... mas existem uns 10% do tempo que vivemos no inferno....
Não se assustem com a minha afirmação acima... Hoje o texto vai ser diferente dos que já postei.... sempre falo das maravilhas de ser mãe... mas como disse, nem sempre é TÃO maravilhoso... tem horas que é MUITO difícil...
Hoje vivi um desses momentos, por isso resolvi vir escrever sobre isso...
Estávamos, eu e Gi, como sempre, vendo o Discovery Kids na sala... de repente ela virou para mim e disse: "coloca o pic nic (um colchonete forrado de plástico) de novo"... fui lá e coloquei do jeito que eu imaginava que ela queria... nesse momento começou o ATAQUE... ela começou a chorar falando que não era ssim, que era para eu colocar de novo, e se jogava no chão e gritava... um horror... eu coloquei aquele colchonete DE TODAS AS FORMAS POSSÍVEIS e nenhuma servia... nesse momento, depois de cinco minutos tentando achar a posição que ela queria, tentando conversar com ela para acalmá-la, sem nada resolver, sentei no sofá, coloquei num programa com legenda e fiquei lá assistindo enquanto ela ficou VINTE minutos naquele absurdo...
Lógico que eu não tava prestando a menor atenção no programa, mas fingi que estava... lógico que estava me matando de nervoso por dentro, mas fingi a maior calma... e nada disso adiantou.. então, levantei, deixei ela lá, ainda no escândalo e fui passar aspirador de pó na casa...
Nesse momento, como por um passe de mágica, ela se levantou do chão, parou de chorar, sentou no sofá e lá ficou, quietinha, vendo o programa que eu tava "assistindo"...
Me diz: quem entende? daí fui lá e troquei o canal para o Discovery Kids de novo e ela ficou vendo, sentadinha no sofá até que terminei de passar o aspirador na casa...
Gente... aqueles vinte minutos foram um inferno para mim... minha vontade era de jogar ela na parede para ver se quebrava a peça que faz chorar e gritar... sabe igual tem gente que faz com despertador chato de manhã?
E não sei se é fase, se ela está começando a sentir ciúme do nenê (eu não tenho deixado de fazer NADA com ela por causa da gravidez, acho até que estou abusando um pouco), se ela está sentindo falta da escola, se está cansada de só ter eu o dia todo... ou tudo isso ao mesmo tempo... só sei que esse ataques, num grau um pouquinho menor, o de hoje foi o pior... mas eles tem acontecido com uma certa frequencia... ela tem até me batido... só ontem foram duas vezes... e não adianta nada ir pro castigo...
Quem me conhece sabe o quanto AMO minha filha.. ufa... mas tem horas... ai ai...
Aí, depois de uma hora e meia ela foi dormir, acordou uns 40 minutos depois, dei banho e está de novo a coisa mais gostosa desse mundo...

Beijos e desculpem pelo desabafo

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um bom dia especial

Hoje tive o melhor "Bom Dia" da minha vida...


Como de costume, acordei, fiz uma preguicinha na cama (estou grávida, sem trabalhar, posso me permitir esse luxo...), levantei, fiz a higiene matinal, troquei de roupa, tomei café...

...e já ouvi minha princesa me chamar... levei sua mamadeira, deixei que ela fizesse a preguicinha dela, demos bom dia para o dia e quando a peguei no colo para trocar o pijama, ela me abraçou bem apertado, segurou meu rosto com as delicadas e pequenas mãozinhas e falou:


Mamãe, te amo!!!


Nem preciso dizer que derreti... ficamos abraçadas um tempo e um outro tantão fazendo "fu-fulia" na minha cama...


Ela falou de modo tão espontâneo, tão gostoso, tão macio de ouvir... naquele momento me senti tão plenamente feliz, tão realizada, que ainda agora, contando, sinto meus olhos molhados...


Ela não tem a menor ideia da grandeza do seu gesto... na verdade, nem eu, porque o amor que emanou de nós naquele momento foi muito maior do que aquele pequeno quarto onde estávamos....





Gigi, EU TE AMO MUITO!!!

sábado, 13 de junho de 2009

Susto

Essa madrugada tivemos nosso "primeiro grande susto" com a Giovanna... aqueles de sair correndo pro hospital no meio da madrugada, sem pentear cabelo, quase que de pijama...
Colocamos a pequena, que estava super normal, para dormir, no horário de costume, por volta de 22:00... Ficamos um pouco acordados, namorando, afinal ontem foi o Dia dos Namorados...
Também como de costume, lá pelas 2:30 a Gi chorou e me chamou... e como toda mãe, qualquer barulhinho no quarto dela já me acorda... Percebi que o chamado e o choro estavam diferentes.. levantei rápido (às vezes espero o choro ou o chamado se intensificarem para sair debaixo das cobertas quentinhas, confesso... mas ontem não...) e fui no seu quarto...
Chegando no berço, ela estava falando meio rouca, com a voz baixinha:"bô mamãe, bô mamãe" e percebi que a respiração dela estava difícil... acendi a luz e a coloquei sentada... realmente ela estava com MUITA dificuldade para respirar, chamei o Giovanno, tentei passar esses remédios para desobstruírem o nariz, dei Vick para ela cheirar... mas a dificuldade se mantinha... ela chorava, o que piorava o quadro... daí foi aquele corre-corre para pegar as coisas e sair com ela para o hospital...
Chegamos no Hospital da Unimed e acordamos, literalmente, o vigia, o atendente da recepção, a médica e os enfermeiros...
Logo que a médica a viu já diagnosticou LARINGITE... nos prescreveu medicação, nos orientou em relação aos problemas advindos dessa doença e nos encaminhou para a enfermaria, onde a Gi tomou um injeção e fez inalação... melhorando seus sintomas...
De volta em casa, colocamos a princesinha para dormir e ficamos em vigília o resto de noite.. dormi no quarto dela.. e a cada respirada mais profunda, era um sobressalto meu... vocês podem imaginar como estamos cansados hoje.. mas ela está bem...
Abraços

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Um elefante a menos

Gostaria de deixar registrado aqui que hoje tirei "um elefante" que estava sentado nas minhas costas..
É que fui fazer o ultrassom morfológico de primeiro trimestre da gravidez...
Quem está ou já esteve grávida sabe que esse exame é muito importante, pois nele avaliam-se estruturas do nenê que podem indicar o desenvolvimento de alguma alteração genética, como a Síndrome de Down...
Dessa forma, esse já é um exame "tenso".. No meu caso, ele se tornou um pouco mais tenso devido a perda do outro nenê... eu estava realmente muito temerosa em relação ao desenvolvimento desse outro... apesar de estar me sentindo bem... mas do outro também não senti nada que indicasse que eu o tinha perdido...
Mas, graças a Deus, foi tudo bem... o exame deu tudo normal... meu serzinho está crescendo e se desenvolvendo normalmente... vê-lo mexendo seus bracinhos e perninhas e escutar o seu coraçãozinho foi maravilhoso... vim bem mais leve para casa... mas ainda não sabemos se a Gigi vai ganhar um irmão ou irmã.. vamos ter que esperar pelo próximo exame...
beijos

quinta-feira, 28 de maio de 2009

SER MÃE

Recebi um texto que eu considerei maravilhoso, me fez chorar muito... o autor é desconhecido, mas quero dividir com vocês...

SER MÃE

Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.
'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira.'Você acha que eu deveria ter um bebê?
''Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.
'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas...
'Mas não foi nada disso que eu quis dizer.
Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos.
Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-e mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.
Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida -- não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa.
Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar talco num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.
Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.
Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer.
O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.
'Você jamais se arrependerá', digo finalmente.
Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe.'
Abraços

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Um anjinho de volta ao Céu

Por algum motivo, que talvez eu nunca saiba, Deus chamou um dos meus pequenos anjinhos de volta ao seu lado...
Foi um choque para nós sabermos disso... mas já estamos mais conformados com a notícia... e continuamos felizes por termos ainda um serzinho para tomar conta e amar muito...
Obrigado a todos que nos deram e darão apoio...

domingo, 26 de abril de 2009

e crescem...

Quem já foi mãe sabe que chega uma hora quando estamos grávidas que começamos a sentir o "peso" do nosso útero... mas isso acontece lá pela metade ou mais da gravidez...

Hoje, estou aqui apenas para registrar que já estou sentindo esse peso, já estou sentindo que meus serzinhos crescem dentro de mim... não vejo a hora de fazer outro ultrassom para vê-los...

Deus deve ter achado que sou boa mãe... por isso está mandando dois anjinhos para eu cuidar... vou fazer de tudo para não decepcioná-lo...

Abraços

segunda-feira, 20 de abril de 2009

GÊMEOS

Como vocês já sabem estou iniciando uma nova jornada rumo à maternidade... viagem programada.. apenas o destino foi um pouco alterado por "forças ocultas" hehehe

Imaginava que seria tudo igual ou bem parecido com a gestação e parto da Gi.. mas qual não foi minha surpresa no dia 11 de abril quando num corriqueiro exame de ultrassom duas bolinhas se revelaram dentro de mim...




Gelei... Meu Deus!!! serão DOIS!!!! Demorou um pouco até me acostumar com a idéia... mas agora estou curtindo demais...



Demais mesmo... demais enjoo, demais sono, demais cansaço, demais fome, demais enjoo de novo e de novo, e de novo... nossa como o enjoo é grande... espero que passe logo...



Adorei estar grávida da Gi... e vou curtir muito essa gravidez, porque, espero, seja a última... já que vem "de ninhada", como disse meu amigo Luciano...



E começam as especulações: serão dois meninos? duas meninas? um casal? quem dá mais????



A barriga já tá enorme pro pouco tempo de gestação... não sei onde vai parar, na verdade nem quero ficar pensando nisso... vou apenas gastando hidratante de vários tipos para não enjoar dos cheiros...


Ontem a Gi me deixou emocionada... falei uma vez só semana passada, quando ela tava mexendo na minha barriga, que haviam dois nenês na barriga da mamãe, e ela nem deu bola... daí, ontem ela estava de novo mexendo na minha barriga e o Giovanno perguntou para ela o que tinha na minha barriga e ela falou: "nenê... outro nenê..." e deu dois beijos... uma linda...

A melhor parte disso tudo foi contar para os outros da existência de gêmeos... as caras de espanto que presenciei vão ficar para sempre guardadas na memória... e a melhor de todas foi a do meu pai.. que ficou uns cinco minutos imóvel e de boca aberta... queria ter tirado uma foto...

Bom.. por enquanto é isso... agora vou escrever com mais frequência, já que vou parar de trabalhar...

abraços a todos


segunda-feira, 9 de março de 2009

Crescendo...

É... a tal da "dupla jornada de trabalho", que eu sempre ouvia dizer nos jornais e revistas, ouvia minha mãe e suas amigas reclamando, não é mesmo fácil , não... prova disso é o tempo que eu tô sem escrever aqui... filha, marido, casa, trabalho e cachorra... ufa... é muita coisas para dar atenção, não sobra mesmo tempo nem para pensar...


Mas hoje resolvi que ía fazer um esforço e vim registrar a entrada da Gi "na faculdade"...


???!!??? FACULDADE???!!??? Como assim??!!??


Pois é... é assim que eu tô sentindo... é que ela foi "promovida" para o mini-maternal... saiu do berçário onde ela era tratada como meu nenê e foi para uma turma que já vai ficando mais independente, tem menos professoras tomando conta, come sozinha sentada numa cadeirinha, brinca num parque enorme, cheio de perigos, os amiguinhos já podem puxar seu cabelo, empurrar, morder, bater... eles correm sem parar, gritam, sobem, descem... e ela junto, lógico...


Entendo que é bom pro desenvolvimento dela, ela até estava "pedindo" essa mudança... mas fica aquele sentimento de saudade de quando ela era nenê... ela está crescendo... todo mundo cresce... mas mãe sempre quer que seu filho continue nenê...


"Filha, mamãe está orgulhosa de você... cresça, se desenvolva... esse é o primeiro passo rumo ao seu sucesso... Te amo!!!"



Abraços a todos