segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Primeira benzetacil

"Pai, hoje, depois de mais de trinta anos, entendi seu sentimento naquele dia que você me levou tomar aquela injeção que eu te olhei lavada de lágrimas e falei: viu, pai, nem chorei..."

Hoje tivemos que levar a Gi tomar sua primeira benzetacil...
Com certeza a dor física que ela sentiu não foi nem um milionésimo da dor na alma que eu e o Giovanno sentimos ao vê-la gritando e se contorcendo de dor enquanto tomava sua injeção...
Já a levamos tomar várias injeções, uma vez que sua carteira de vacinas está completinha... mas nada se compara a dor de uma benzetacil...
E essa dor não termina quando acaba a picada... coitadinha... e nem a nossa... ficamos com o coração despedaçado ao vê-la caminhar em passinhos bem pequenininhos, mancando e com a mãozinha no bumbum no lugar da picada... ao vê-la se sentar com muito cuidado, meio de ladinho...

Filha, desculpa... nós só queremos o seu bem... um dia você vai entender... te amamos!!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tudo de novo...

Ai ai...
Estou sofrendo de novo...
Adaptação da Laura na escola... vou voltar a trabalhar...
Ontem foi seu primeiro dia... até que foi bem... ela não chorou, brincou, comeu...
Confesso que fiquei até um pouquinho chateada, porque achei que ela ía se matar de chorar, de sentir minha falta... que nada... só chorou na hora da fome...
Mas hoje as coisas já não eram a mesma novidade de ontem... então o choro, meu velho conhecido, apareceu...
Como é difícil saber o que fazer nessa hora... devo ir lá socorrê-la? (afinal ela pode pensar que eu a abandonei), devo deixar chorar? (afinal ela vai ter que acostumar)
Como mãe não pensa com a cabeça, mas com o coração, não aguentei o choro e fui socorrê-la...
Sinceramente minha vontade é de largar prá lá o emprego, só para não vê-la sofrer... mas sei que será bom para ela ir para a escola, foi para a Gi...
É que essa fase é muito difícil... Por que a gente tem que sentir tanta culpa? Por que mãe não é como pai, que vai trabalhar desde que o filho tem dias e não sente culpa nenhuma em deixá-lo? Será que essa culpa está no DNA de mãe?