É assim que estou...
Completamente, inteiramente, somente (felizmente) MÃE...
Nos dias atuais essa minha opção não tem sido vista com "bons olhos"... muitas pessoas não concordam com o fato de eu ter "dado um tempo" na carreira de veterinária para viver intensamente minha carreira de mãe...
No começo, confesso que isso também me "soava" um pouco estranho... mas com o passar do tempo, com a convivência com a Giovanna e com as notícias de alguns acontecimentos trágicos eu fui percebendo que fiz a melhor escolha...
Tenho certeza que muitas mães de crianças pequenas, que têm que trabalhar fora, gostariam de estar no meu lugar... afinal muitas delas não viram seus filhos começarem a engatinhar, não ouviram suas primeiras palavras, não seguraram em suas mãos nos primeiros passos, não as viram passar da mamadeira para o copinho, não as ensinaram a comer sozinha...
Vou, agora, abrir um parêntese para comentar os tristes acontecimentos dos últimos dias.
Imaginem a cena: "você acorda meio atrasada, e com bastante pressa, arruma seu filho, pega as coisas dele, entrega para o pai que o deixa na escola. Na pressa, nem deu um beijinho de tchau, mas tudo bem, quando voltar do trabalho e vocês estiverem juntos novamente você compensa e o enche de beijos... Fim do dia, você chega na escola para buscar o seu filho e o encontra morto... Nunca mais você vai poder dar os beijos que não deu..."
Parece enredo de notícia sensacionalista, prá vender jornal... mas ultimamente tem sido a mais cruel verdade... e estes pequenos anjinhos entram na estatística como "fatalidade"... com certeza esses pais nunca imaginaram que isso pudesse acontecer com eles... seus filhos eram crianças pequenas, que não falavam, não puderam avisar o que lhes acontecia... não estou culpando esses pais, pois muitos deles não têm escolha, precisam trabalhar... estou só expondo fatos, que acabam por fortalecer minha escolha... afinal, com que tranquilidade eu vou trabalhar, estando a Giovanna numa escola, depois de assitir a esses episódios?
Fecho o parêntese.
Terei uma vida inteira para trabalhar... mas a infância da minha filha passa tão rápido... quero, mesmo, poder ter recordações de todas as fases que citei anteriormente, e, não querendo ofender, dane-se quem achar isso errado...
Hoje eu vejo a vida através desses olhos... são eles que iluminam a minha vida...
Rolo no chão, canto musiquinhas dos seriados mais idiotas e chatos, assopro canudinhos, faço montinhos para serem derrubados, imito voz de bicho, brinco de cuca-achou...
Sou feliz!!!! e mãe em tempo integral....
Abraços
Nenhum comentário:
Postar um comentário